Depois de 24 jogos e mais de 1100 músicas, a franquia Guitar Hero e DJ Hero chegaram ao final do seu repertório. Criada pela RedOctane e Harmonix Music Systems (que mais tarde fundaria a série Rock Band) em 2005, a linha de jogos rítmicos publicados pela Activision reinventou o gênero e criou uma verdadeira febre entre os “músicos” virtuais.
A jogabilidade descomplicada e a sempre crescente lista de músicas populares conquistaram uma legião de fãs que consumiram avidamente as diferentes edições do jogo, bem como suas faixas extras e, é claro, periféricos de plástico em forma de guitarra.
Com o tempo, novos recursos foram adicionados. Para se manter “quente” na parada de sucessos, frente à chegada de Rock Band, a linha Guitar Hero incorporou uma bateria e microfone para completar a sua banda e partir em turnê.
Neste ínterim, também surgiram os “álbuns” especiais, coletâneas com os maiores sucessos dos anos 80, ou “covers” de bandas famosas como Aerosmith, Metallica e Van Halen.
Longe de ser uma “maravilhas de um sucesso só”, a série Guitar Hero se transformou em um verdadeiro fenômeno cultural, influenciando pesquisas médicas, cinema e a própria indústria musica.
Faturando mais de dois bilhões de dólares, Guitar Hero é a terceira franquia mais rentável do mundo, atrás somente de Mario e Madden NFL. Além disso, a Activision afirmou que Guitar Hero III: Legends of Rock foi o primeiro jogo do mundo a faturar mais de US$ 1 bilhão.
Porém, a estrela brilha mais intensamente antes de se extinguir. Apesar do sucesso inicial e dos lucros extraordinários, a linha Guitar Hero, e o gênero musical como um todo, começou a perder espaço nos video games.
No início de 2009, a Activision já indicava a saturação da franquia, até que em fevereiro de 2011 veio à confirmação do fim da linha Guitar Hero. Segundo a publicadora francesa, o “declínio continuado do gênero musical” foi um dos principais fatores para a tomada da decisão, que também afetou a série DJ Hero e os downloads extras para os títulos já lançados.